O que esperar de alterações hematológicas na infecção pelo Covid-19? . Publicado pelo American Journal of Hematology alguns parâmetros hematológicos na infeccção pelo Covid-19, foram observados nos pacientes tratados no National Centre for Infectious Diseases (NCID) em Singapura . Foram coletados hemograma de 67 dos 69 pacientes atendidos . E quais foram as observações mais relevantes? . A leucopenia (leucócitos <4000/mm3) foi observada em 29% dos pacientes, e linfopenia em 36% dos pacientes (linfócitos entre 500-1000/mm3, e 5 pacientes abaixo de 500/mm3). Alguns pacientes apresentaram atipia linfocitária, e alguns casos com morfologia linfoplasmocitóide . Plaquetopenia leve (entre 100-150.000/mm3) em 20% dos casos, tendo a maioria dos pacientes níveis plaquetários normais . O que isso revela? . A maioria das infecções virais graves, que atingem nosso país como a dengue e a febre amarela, apresentam quadros hematológicos mais severos, como plaquetopenia severa e aumento de risco hemorrágico, o que não parece ocorrer com a SARS-Cov-2. Porém comparado a outros tipos de SARs a linfopenia foi mais proeminente. Além disso nos pacientes de Wuhan, China a linfopenia foi ainda maior, atingindo 63% dos pacientes . Também é importante apontar que o nível de linfopenia foi mais proeminente nos pacientes em que foi necessária a internação hospitalar VERSUS os que não necessitaram; podendo esse ser um parâmetro a ser observado na decisão clínica de internar ou não o paciente . O VALOR do DHL (desidrogenase láctica), também se mostrou mais alterado nos pacientes mais graves . A média de linfócitos nos pacientes graves foi significantemente menor do que nos pacientes não-graves, assim como o nível de monócitos. Ao longo da internação também foi observado uma maior evolução para neutrofilia, com uma média de pico em torno de 11.600/mm3 . No meio dessa crise, aponto as alterações que cabem a minha especialidade. . Pedimos que nesse momento TENHAMOS CALMA, que fiquemos MAIS RECLUSOS, para podermos PROTEGER aqueles que estão em RISCO!
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Abraços, Equipe Clínica Infantil Duocare Ref: doi.org/10.1002/ajh.25774
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